O que era um boato que corria por sites de notícias e redes sociais foi confirmado pelo Google no dia 29 de março de 2024: havia acontecido um grande vazamento de arquivos confidenciais da empresa, e que tratavam especificamente do ranqueamento de conteúdo.
Isso quer dizer que vieram a público informações que o Google mantinha para si por ser sobre mecanismos internos. Depois disso, porém – e estamos falando de 2.500 páginas -, ficou claro para muita gente, profissionais do ramo e outros apenas curiosos, algumas das práticas mais vitais da operação técnica do gigante das buscas.
Foram mais de 14 mil itens falando especificamente sobre como funciona a classificação de relevância de cada item pesquisado no site – isto é, bilhões de resultados por segundo. Foi com esse vazamento que o que já era conhecimento comum se tornou uma obsessão de muita gente: entender o que deve ser feito para aparecer nas primeiras páginas, e lá no alto.
O significado
Para traduzir, por assim dizer, o que o vazamento de dados do Google significa: é a exposição de uma série de documentos que tratam da forma como a empresa, a maior de buscas no mundo, classifica os conteúdos presentes no seu banco de dados.
Em outras palavras, arquivos internos do Google vieram a público mostrando como a empresa determina a ordem de relevância dos resultados – ao que se dá o nome de ranqueamento.
Contar com profissionais de SEO, por isso mesmo, se tornou uma obrigação de qualquer produtor de conteúdo online, e isso no Brasil e no mundo. Não só para criar conteúdo otimizado e de boa qualidade, mas também para evitar erros como criar SEO Spam e ver suas páginas não só não posicionarem bem, mas o site como um todo ser punido.
A grande questão é que muitas das informações vazadas ali deixaram claro que o Google adotava práticas às vezes até questionáveis para classificar os resultados. Blogs pequenos, sites de conteúdo orgânico e, em geral, “peixes pequenos” que valorizavam qualidade de conteúdo acima de otimização de palavras e SEO em geral eram preteridos pelos que simplesmente davam mais clique – independente, por sua vez, da qualidade deste.
Tal descoberta, que antes era apenas uma suspeita e se tornou fato conhecido, colocou em primeiro plano uma questão essencial: quando vale a pena manter o conteúdo “puro” e depender só do orgânico versus quando vale a pena investir pesado em estratégias de SEO avançadas.
O impacto do vazamento
Saber, e à prova de enganos, que o Google se interessa mais pelos cliques do que por conteúdo orgânico de qualidade mais refinada colocou diversas práticas de criação de conteúdo em cheque. Afinal, como contornar essa questão, ou seja, como manter a qualidade, mas ranquear bem?
A primeira e mais óbvia constatação é simples: investir em SEO não é mais uma “boa prática”, como costuma ser chamada, e sim uma necessidade latente e que deve estar no topo da lista de qualquer profissional criador de conteúdo online.
Que o alcance orgânico tende a ser limitado também não é segredo; o vazamento confirmou, porém, que a otimização SEO é não só uma forma de adequar o conteúdo às plataformas de busca, mas sim a única maneira de manter o material publicado como relevante dentro do Google.
Mas ao mesmo tempo, algumas verdades podem ser desbancadas. Por exemplo, não vale apenas DA alto na hora de conquistar links: mais vale conseguir um link de um site de DA baixo, mas bem otimizado e atualizado. E nunca busque por serviços de links de má qualidade porque eles podem gerar punições e serem considerados spam.
Outra dica muito importante é investir na otimização do seu site para não só fazer com que os robôs do Google entendam o que está ali, mas também para que os bons e velhos humanos gostem do que é entregue, diminuindo a taxa de rejeição, a taxa de conversão e o tempo de permanência no site. O vazamento confirmou que essas estatísticas têm peso relevante.
Por que o foco no SEO?
De forma natural, o Google sempre usou fatores como uso de palavras-chave, a origem das fontes, o país, a língua, a experiência e a relevância da fonte como formas para filtrar e classificar seu conteúdo. A otimização SEO, porém, representa um passo adiante.
Ela engloba tudo isso, claro, mas vai além; é a forma de otimizar seu conteúdo não necessariamente para quem lê, mas para o próprio Google. A lógica é muito simples: não adianta ter um excelente material para consumir se ele não chegar ao público-alvo final, e por isso o primeiro alvo é o Google em si, e não o leitor/cliente.
Não é por acaso que qualquer empresa cujo foco seja o online (e mesmo outras que foquem no varejo off) tem se preocupado cada vez mais em estruturar seu trabalho com profissionais especializados em SEO. De muitas maneiras, essa se tornou a espinha dorsal de todo o marketing digital moderno.
Conclusão
Da mesma forma que se preocupar com produtos é vital para qualquer um que esteja produzindo, se preocupar com o ranqueamento do Google se tornou a prioridade máxima para quem tem o mínimo de noção de marketing digital. E, por extensão, de atuação na internet.
Já não é mais possível não pensar em otimizar seu conteúdo através de SEO para satisfazer o Google, em primeira instância, e garantir, por conseguinte, uma experiência de usuário (UX) mais palatável e organicamente sustentável.
O SEO otimizado é a solução de todos os problemas? Certamente que não, mas é a fundação mais sólida possível para construir uma estratégia de marketing em cima.